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Este blog foi criado com o objetivo de trocar ideias e informações relativas a manutenção da saúde física e mental, através de informações relacionadas a saúde, o desenvolvimento psicológico e a atribuições educacionais, que sugerem o desenvolvimento das habilidades humanas. As publicações aqui produzidas, são de responsabilidade de profissionais habilitadas e capacitadas, nas áreas da saúde, educação e psicologia clínica. A proposta é portanto, criar um espaço de divulgação, troca e produção de conhecimento, através de postagem relacionadas as diversas áreas do comportamento humano.

quinta-feira, 26 de março de 2015


Como Ensinar Determinação as crianças...





                     Ensinar a criança de que ela é capaz de realizar algo, parece ser uma tarefa difícil aos pais... Quando me refiro em ``capacidades para realizar algo´´ ressalto a construção de personalidade, a determinação de uma criança... Em alguns trabalhos que desenvolvi em escolas ouvi um relato, uma frase clichê por assim dizer, muito comum entre pais e professores: ``fulano é Maria vai com as outras´´ ou seja de personalidade influenciável... Os livros infantis são uma ótima dica para trabalhar a determinação! Vamos refletir um pouco...
                   O desenvolvimento das faculdades mentais para aquisição de leitura e escrita são apreendidos de acordo a potencialidade individual e a estratégia de ensino aplicada. Deste modo, cada sujeito precisa de estímulos que colaborem com o processo aquisitivo de conhecimento e facilite o momento que enfrenta, o qual muitas vezes é encarado com sofrimento por parte do individuo aprendiz. 
                         É importante se ter em mente que a criança não precisa ser alfabetizada para fazer leitura e compreender a mensagem que um livro ilustrado trás; pois o ato de ler não é somente decodificação de letras, desta forma é através das gravuras que a criança consegue realizar um exame e apreciação a partir de figuras (SMOLKA, 1989).
                           Toda criança precisa interagir com o meio em que esta inserida, seja na família ou no grupo escolar. A criança que possui dificuldades de aprendizagem tem grande tendência a estabelecer relações complexas, justamente por ter uma carência na aquisição de leitura e escrita como parte de sua interação social e aprendizagem. (MALUF, 2008).
                           Em verdade, cada aluno vivencia a aula em função de suas experiências pessoais, seus recursos intelectuais, sua capacidade de atenção concentrada, seu estado de motivação e seu padrão emocional... uma mesma exposição feita por um professor para diferentes alunos provoca sentidos de aprendizagens diferentes, inexistindo uma padronização dos conhecimentos construídos pela mente (ANTUNES, 2010, p. 22).
                           Observa-se então a necessidade de intervir na dinâmica de aprendizagem de uma maneira atrativa a fim de cooperar com a construção psicossocial do sujeito.O apoio á essas crianças é de extrema importância. Elas precisam de um olhar amplo de quem o cerca frente as suas questões escolares, que consequentemente implicam em sua vivencia. Visar a sua aquisição de conhecimentos é uma tarefa complexa que exige o papel de profissionais e familiares comprometidos para obter progresso de seu desenvolvimento.
                          A preocupação e envolvimento da unidade escolar para com a criança devem acontecer de forma cúmplice à educação familiar. Este evento deve ser complemento de uma construção integral de todos os direitos da criança; o de aprender, brincar, vivenciar.
                             Acriança que encontra motivação em seu vinculo afetivo familiar por consequência terá interesse em enfrentar o que lhe parecer difícil, pois a motivação é um dos estímulos na aprendizagem, a ausência destes estímulos na aquisição de conhecimentos apenas gera insatisfação e mal estar por parte da criança. Se a família não apresentar preocupação na formação educativa do pequeno ser, estará contribuindo com a construção de sujeitos frustrados emocionalmente e intelectualmente.
                         Toda historia possui um desafio para o leitor construído por metáforas com elementos explícitos que possibilitam ao ouvinte elaborar o desfecho. Esta elaboração fornece a pessoa leitora não apenas concluir o final da história, mas vivenciar a sua maneira enquanto sujeito a situação que absorve; e ao compreender a narrativa, traz a sua vida maneiras de impulsionar a visão que possui do antes e depois.
                       A criança em idade inicial já efetua suas próprias predileções, em vários sentidos. A escola e a família devem oferecer motivação ao crescimento dessa criança; conviver ou saber a respeito das diferenças, fantasiar, experimentar, inventar, brincar, criar, imaginar... O cuidado infantil exige proteção e oferta, o diferencial deste cuidado é a organização do seu meio; a aquisição da comunicação frente a sua aprendizagem respeitando a sua inocência e os limites naturais do desenvolvimento. “Quando a criança tiver que fixar suas preferências, seu gosto será influenciado pelos pais, pelo meio (seus pares, colegas e amigos) e pela oferta da mídia.” (CORSO, 2006, p. 169).

                       ``Alguns livros incentivam, de alguma forma, o desenvolvimento das chamadas habilidades socioemocionais. Aproveite as dicas para ler junto com o seu filho: a leitura acompanhada (quando você lê para a criança) ou compartilhada (quando vocês leem o mesmo livro e depois o discutem) podem ser ferramentas fabulosas para reforçar os laços e aprender juntos. Aproveite a experiência para conversar sobre a mensagem da história, as personagens e qualquer outro tema decorrente da leitura´´. (Educar para crescer)
Cintia De Lima Da Cruz

A Lebre e a Tartaruga


A famosa fábula em que, com determinação, a tartaruga dribla a esperteza da lebre em uma corrida.

Converse com o seu filho: Não é que ser determinado é mais importante do que ser espertinho? Pense com o seu filho sobre um exemplo assim no dia a dia dele, como esperar por um presente melhor em vez de insistir para ganhar um que não é tão legal imediatamente.

Faixa etária: 6/8 anos

Pinóquio, de Collodi


A história do boneco de madeira determinado a se tornar um menino de verdade. "O boneco tem um sonho e sai em busca de uma maneira de realizá-lo" 

Converse com o seu filho: "É um livro importante para atentar sobre os perigos da vida, como se deixar levar pelas más intenções de outros",é interessante ler junto com a criança de maneira crítica, enfatizando os riscos que Pinóquio correm em sua determinação para se tornar criança - e a importância dessa mesma determinação, mas mais bem aplicada, no salvamento de seu pai, Gepeto. 

Faixa etária: 7/10 anos


Oliver Twist, de Charles Dickens






Logo no nascimento, Oliver Twist passa por sua primeira grande dificuldade, a morte da mãe. Na instituição para crianças órfãs, onde mora, passa por privações e é obrigado a trabalhar. Esse é o ponto de partida para o clássico de Dickens, que gera uma rica discussão acerca dos direitos conquistados pelas crianças no século 20. "Mesmo passando por situações de extrema tensão e desumanidade, Oliver se mantém convicto em seu posicionamento diante da vida. Ele é esperançoso".

Converse com o seu filho: O que Oliver Twist tem de especial? De que forma ele se mantém fiel aos seus princípios? A determinação, aqui, é tanto moral quanto prática: Oliver luta por seus objetivos, mas sem renunciar ao que acredita.

Faixa etária: 11/12 anos


A Mocinha do Mercado Central, de Stella Maris Rezende





Nesse romance de iniciação, com belo trabalho estilístico, a mineira Maria Campos assume diferentes nomes conforme passa por diferentes cidades brasileiras. Trata-se de uma busca determinada por sua identidade. "O desejo de liberdade e de definição da personalidade são temas com os quais o adolescente se identifica", o livro indiretamente incentiva a percepção de duas habilidades não cognitivas: a determinação e o protagonismo.

Converse com o seu filho: A origem de uma pessoa determina o seu destino? De que forma? Até que ponto o ambiente determina a nossa vida, e até que ponto nós mesmos somos responsáveis por nosso destino?

Faixa etária: 13/14 anos


Na natureza Selvagem, de Jon Krakauer




Em adolescentes mais maduros, a história de Christopher McCandless, que buscou se isolar do mundo, de seu capitalismo desmedido e das convenções sociais, pode incrementar diversas questões existenciais que naturalmente surgem nessa fase de transição para a fase adulta. Permite levantar dilemas com os adolescentes: é possível questionar a determinação de um indivíduo, até que ponto precisamos de outras pessoas? "A felicidade só é real quando compartilhada", como conclui a personagem?

Converse com o seu filho: este é um livro interessante para ler em paralelo com o seu filho e ir debatendo com ele, aos poucos, as motivações do protagonista e em que medida vocês se identificam ou não com a determinação dele. 

Faixa etária: a partir de 15 anos 




ANTUNES, Celso. Como desenvolver as Competências em sala de Aula. Petrópolis: Vozes, 2010.

CORSO, Diana Lichtenstein; CORSO, Mario. Fadas no divã. Porto Alegre: Artmed 2006.

MALUF, Ângela Cristina Munhoz. A Importância das Atividades Lúdicas na Educação Infantil. 14 de julho de 2008.

SMOLKA, Ana I. B. A criança na fase inicial da escrita: a alfabetização como um processo discursivo. São Paulo: Cortez, 1989.

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